Whatsapp. Beba com moderação.

Isabellamoraisvasconcelos
4 min readNov 21, 2021

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Montagem da autora.

O whatsapp parece ser um caminho sem volta, mas você não precisa ficar dando voltas dentro dele… Use-o com moderação.

O quanto de moderação? Só você pode saber, mas existem algumas indicações que já são consenso entre alguns usuários.

Antes é importante diferenciar o que é contato pessoal e profissional. Existe um meio termo? Claro que existe, mas cabe a você discernir.

Com amigos, familiares (alguns familiares) o open bar de mensagens não tem hora pra acabar, mas se isso te incomoda, tenha honestidade o suficiente para estabelecer seus limites. Com contatos profissionais, não. Os limites já estão postos implicitamente: um horário pela manhã, para começar os trabalhos; pausa para o almoço; e lembrar que o turno da tarde tem hora para acabar (exceto se vocês trabalham a noite). Se alguém infringir esse limite, você pode ignorar - literalmente - lendo e respondendo depois.

Inclusive desative o “visto por último” e o visualizador de mensagens para se proteger dos “fiscais de plantão” da “vida online dos outros”. Se é uma opção que existe, pode ser usada e não há nada de errado nisso, como podem apontar os possíveis juízes do comportamento alheio digital (sim, temos fiscais, juízes… só tá faltando as pessoas conscientes desse rolê… 😆)

Grupos são um caso à parte. Eu até sugeriria que o whatsapp fizesse como nos grupos do facebook, onde cada um tem as suas regras “da casa”. Isso seria muito útil para evitar aquelas mensagens sem noção nas altas horas da madrugada, ou mesmo aquelas respostas em giffs “inocentes” em horários inapropriados… É sério! Ou melhor, é até engraçado (se a gente tiver de bom humor) e tem até um meme que diz mais ou menos assim: “o problema de responder uma mensagem, é que te respondem com outra, daí você responde, então te respondem novamente e isso não tem fim”

Áudio são mais 500… Ou mais um, dois, três, quatro minutos de duração se você tem muita intimidade com a pessoa. Mas observem que eu disse “se você tem muita intimidade com a pessoa” e sabe que ela não se chateia com esse tipo de declaração de amizade. Se bem que pra alguns é “amigos, amigos, áudios a parte”. Porque até pra quem não vê “problema” em mandar ou ouvir áudios, o botãozinho 1,5x e 2x vai bem, obrigada.

Vamos combinar que ouvir uma mensagem objetiva, onde tudo que precisa ser dito meio que já está na ponta da língua, torna qualquer áudio mais audível; enquanto aqueles áudios com pausas de longos segundos entre uma frase e outra, com aqueles “éééé” “aannnn” ou “e é isso” são de tirar muita gente do sério, que dirá do bom humor…

Na dúvida, pergunte se pode mandar um áudio (recomendação que vale para fazer ligações também); seja ágil ao falar; fale pouco, mas com objetividade e se o assunto for extenso, mande áudios curtos, sem extrapolar o bom senso da quantidade. Afinal, o que é mais incômodo: um áudio de 4 minutos ou quatro de 1 minuto e meio? (sim, porque ainda tem esse perigo de fracionar a ideia em áudios “curtos” mas não conseguir manter a concisão nessas pequenas doses homeopáticas).

Mensagens encaminhadas: outro caso a ser moderado urgentemente. Inclusive porque não faz muito tempo, mas o próprio app faz questão de deixar claro o que é uma mensagem encaminhada (aquilo que você pode tá encaminhando pela milésima sem saber, mas que todo mundo já sabe e já perdeu a graça) e fora o perigo das fake news. Então, na dúvida - o problema é que ninguém tem dúvida - pense antes de repassar.

“Bom dia, boa tarde e boa noite, por favor, obrigada e desculpa” vão bem em qualquer situação, imagina numa conversa de whatsapp?! Talvez, essas expressões sejam as únicas que devam ser usadas sem moderação, porque são demonstração de educação e respeito, e o mundo todo, especialmente o mundo online, tá carente disso: pessoas educadas e respeitosas.

E se um “bom dia” for acompanhado de um “Como você tá?” ou “Tudo bem?” na introdução da mensagem, são capazes de zerar todos os deslizes que possam surgir posteriormente - e eles vão surgir, porque não por acaso o contrário de “ZAP” é “PAZ” (conhecem esse meme?)

Mas, contrariando todas as regras, expectativas e realidades do uso dessa ferramenta de comunicação, é possível ter PAZ no ZAP e eu posso provar…

Além do que já foi dito, aqui vão outras dicas expressas: silencie grupos; regre os seus horários de acesso (não são os outros que vão ditar como VOCÊ USA SUA ferramenta, certo?); se te desconcentra o barulho das notificações, silencie o smartphone, e se o vibracall insistir em te desconcentrar, apele para o modo “avião” do aparelho.

Agora se você tentar contactar alguém, tenha paciência de esperar a resposta; se for urgente “urgentíssimo”, ligue. Muita gente tem se queixado de pessoas que ainda fazem ligação, como se fosse uma espécie de pecado, esquecendo que o smartphone é smart mas também é phone, ou seja, foi feito inclusive para se ligar… Então, noto um certo descompasso entre o time da “ligação” e o time das “mensagens forever”; e diante disso tudo é preciso criar um ponto de equilíbrio, abrir concessões, impor limites e dispor dessa tecnologia da melhor forma possível, para todo mundo.

Por fim, e pra não perder a deixa de rimar um pouco (aqui eu posso porque não é uma conversa de whatsapp, e sendo assim, posso me exceder e ser prolixa 😅) uns versinhos:

E se a dúvida ainda permanecer,

não vai ser eu quem vai esclarecer,

porque a conversa é entre outra pessoa e você;

se atente, observe e assim vai perceber

como deve proceder.

Vlw Flw.

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Isabellamoraisvasconcelos

Designer, mestra em história social da cultura e (ama) dora da escrita, arriscando rimas, prosas e poesias.