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Da série “Crô-na-nicas”
Sexta feira, 03 de fevereiro e 2023.
Deixei minhas crianças com a avó por volta das 17h.
Cheguei em casa, enxaguei umas poucas roupas e coloquei outras de molho — poucas também.
Sentei e fui terminar de encapar os livros da cria mais velha.
Já era noite quando concluí essa tarefa e, antes de tomar banho, fui me exercitar um pouco: levantar meus pesos improvisados com sacos de comida e dançar minha zumba, com fitdance rolando no youtube.
Corri, enxaguei o restante das roupinhas — no diminutivo mesmo porque eram das crianças — e fui tomar meu banho, mas pensei que poderia ser mais produtiva se aproveitasse e já lavasse o banheiro. Lavei.
Também lavei o cabelo e cá estou: 21h.
Agora, sentada na frente do computador porque preciso adiantar — ou não me atrasar ainda mais — um trabalho de pesquisa e as aulas que logo logo começam.
Mas me distraí nesse relato.
É que tenho a impressão de que não fiz “nada” nesse “longo” tempo de “liberdade” que tive, que estou tendo.
Mas “nada”, “longo” e “liberdade” são conceitos relativos e, olhando assim em retrospecto, foi pouco tempo, fiz um bocado de coisa e quem disse que uma mulher, principalmente depois de ter filhos, é livre?
Nem livre, nem desocupada. Entretanto podemos ter esperança: aproveitar essas pequenas brechas de tempo-espaço é bom demais, mesmo que refletindo sobre — e ainda mais escrevendo — a gente acabe “perdendo” esse “breve tempo livre”. Ossos do ofício.
Será que dá tempo de ver alguma série na Netflix?!